Esqueci-me de como chove nessa rua
quando os grilos se calam
e as margaridas são apenas
murmúrios
coloridos
navegando no teu olhar
A tua rua, inteiramente minha
naquele tempo, eram dois passos
galgados à pressa para acabar num odor
a rosmaninho, que me deixavas nos beijos
Notei que caiu o número da tua porta
talvez não fosse essa a tua porta
ou a tua rua. ou outro o número
não me recordo.
Perco-me hoje por entre
esta lonjura onde não acaba o asfalto
esta lonjura onde não acaba o asfalto
Ainda chove, na tua rua,
ou era eu a chuva que caía?
Lídia Ponti
foto extraída da net
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