Libertemos o ruído das palavras!
Não queiram perturbar
com os seus acentos soltos
os corpos amantes inertes de cansaço
Mordamos o silêncio!
Deixemo-lo aninhar-se no final suspiro
quando os nossos risos se resguardam na margem
ofegante dos teus olhos, e o vagabundo
tempo se aquieta para que tu, meu rio,
ofegante dos teus olhos, e o vagabundo
tempo se aquieta para que tu, meu rio,
te espraies ternamente sobre mim.
Foto: Tamara Lempika
Lídia Ponti
Foto: Tamara Lempika
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