Em 1947, ensinava-se assim na escola do Exército. Os comandantes sempre souberam como lidar com multidões e suspeito que as multidões, pormenor ou outro de diferenciação contingente da época, se pautam sempre pelas mesmas características:
«OS CARACTERES NORMAIS DAS MULTIDÕES são:
- Grande impulsividade;
- Grande versatilidade de opiniões, acentuadamente de características femininas, principalmente as latinas [sic!];
- Grande predisposição para a sugestibilidade e «credulidade»;
- Exagêro e simplismo daqs multidões, Para as multidões não há que explicar,; há sim que afirmar com violência, exagerar, afirmar, repetir e não demonstrar;
- Autoritarismo e intolerância das multidões. Os homens tiranos são os mais respeitados pelas multidões;
- O conservantismo, antagònicamente aos seus instintos revolucionários aparentes; as multidões são profundamente conservadoras;
- Moralidade baixa, pouco respeito pelas convenções sociais exteriores. POr vezes, a moralidade é alta, no sentido do cumprimento de actos de beleza moral rara, superiores até aos do homem isolado;
- Alto poder de imaginação, visto a multidão pensar por imagens; Napoleão, contando com a imaginação das multidões, disse um dia num Conselho de Estado: « Foi fazendo-me católico que acabei com a guerra de Vendêa, faendo-me mussulmano que acabei com a guerra e me estabeleci no Egito, fazendo-me ultramontano que conquistei os padres na Itália. Se governasse um povo judeu levantaria de novo o templo de Salomão» [...]
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